Presidente de Serra Leoa visita centro de tratamento de ebola

Serra Leoa tem o maior número de casos de ebola, de 525, superando a vizinha Guiné

PUBLICIDADE

Atualização:
Koroma disse no sábado que o governo pretende intensificar os esforços para conter a doença, com vista a acabar com o surto dentro de 60 a 90 dias Foto: Samuel Aranda/NYT

O presidente de Serra Leoa visitou o centro de tratamento de vítimas de um surto de ebola nesta segunda-feira, enquanto líderes da África Ocidental intensificavam os esforços para conter a propagação do vírus mortal.

PUBLICIDADE

Foi a primeira visita de Ernest Bai Koroma ao distrito nordeste de Kenema desde o início da epidemia, que já matou cerca de 672 pessoas na Guiné, Libéria e Serra Leoa, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), tornando-o o pior surto até agora.

Serra Leoa tem o maior número de casos de ebola, de 525, superando a vizinha Guiné, onde o vírus foi registrado pela primeira vez em fevereiro. Um homem liberiano morreu da doença na Nigéria, na semana passada.

O presidente foi para Kenema de helicóptero, após uma sessão de oração no Estádio Nacional, na capital Freetown, para marcar o fim do mês muçulmano de jejum.

Koroma, um cristão, disse à congregação muçulmana que planejava visitar o xeique Omar Khan, o principal especialista de ebola no país que testou positivo para o vírus na semana passada.

Agora, Khan é um paciente em um centro de tratamento de ebola gerido pela organização Médicos Sem Fronteiras, em Kailahun.

No entanto, o ministro da Informação, Alpha Kanu, disse à Reuters que Koroma não conseguiu chegar a Kailahun devido à falta de combustível e havia retornado para Freetown depois de parar em Kenema. O presidente deve viajar para Kailahun na terça-feira, afirmou Kanu.

Publicidade

Vários outros membros da equipe médica contraíram a doença, incluindo dois médicos norte-americanos que trabalham na Libéria.

Koroma disse no sábado que o governo pretende intensificar os esforços para conter a doença, com vista a acabar com o surto dentro de 60 a 90 dias.

A nova estratégia se concentrará no rastreamento de contatos, vigilância, comunicação e mobilização social, serviços sociais, logística e suprimentos, disse ele.

(Reportagem de Umaru Fofana)

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.