Presidente de Taiwan visita prefeito de Nova York

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente de Taiwan, Chen Shui-bian, reuniu-se nesta terça-feira com o prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, no segundo dia de sua visita privada aos Estados Unidos. A visita de três dias de Chen não deveria gerar nenhuma entrevista coletiva ou eventos públicos. Giuliani, no entanto, disse ter pedido autorização ao Departamento de Estado para encontrar-se com Chen, pelo qual afirmou ter "grande respeito". O encontro foi realizado a portas fechadas no Hotel Waldorf-Astoria, onde o presidente taiwanês ficará hospedado até esta quarta-feira, quando parte para um giro em países da América Latina. Segundo Giuliani, durante o encontro foram tratados de assuntos como a economia de Taiwan e caminhos para expandir as relações econômicas entre a ilha chinesa e a cidade de Nova York. O prefeito afirmou também ter prometido enviar alguns bonés do New York Yankees (time de beisebol local) para Chen e convidou o presidente taiwanês para assistir a um jogo no Yankee Stadium. Após a visita do prefeito, Chen conheceu a Bolsa de Valores de Nova York, em Wall Street. Estava prevista também uma visita ao Museu de Arte Moderna da cidade, um coquetel para 200 pessoas e um encontro com estudantes de política chinesa. Entre esta segunda-feira e esta terça, Chen encontrou-se com 22 deputados. "A visita do presidente Chen representa um passo à frente nas relações entre a América e Taiwan. Chen está comprometido com a estabilidade e a democracia e os direitos humanos e sua próxima visita deveria ser a Washington", afirmou o deputado democrata Robert Wexler (Flórida) depois de um encontro com Chen. A visita, a primeira de um presidente taiwanês a Nova York, deverá abalar ainda mais as relações entre os Estados Unidas e a China, que considera Taiwan uma província renegada. Em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhu Bangzao, classificou a decisão de Washington de permitir uma escala de Chen em Nova York como um sinal de linha-dura dos EUA com relação à China. "Este ato viola os compromissos assumidos pelo lado norte-americano", disse Zhu a jornalistas. "Este ato irá, inevitavelmente, paralisar as relações sino-americanas".

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