31 de julho de 2010 | 00h00
"Espero que Uribe me convide para sua mesa", disse Lula em uma breve entrevista depois que participou do início das obras de uma linha de transmissão elétrica entre Itaipu e a cidade paraguaia de Villa Hayes, a 31 quilômetros da capital paraguaia, Assunção.
Lula optou por não comentar as críticas de Uribe, que deixa o cargo daqui a poucos dias, depois de oito anos de governo. "Não costumo confundir relações de chefes de Estado com relações pessoais", disse o presidente.
"Sou amigo de Uribe. Tenho uma relação de oito anos com ele, que é extraordinária. E espero ter nos próximos cinco meses (uma relação tão boa) com o presidente Santos", indicou Lula, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro.
Segundo Lula, ao longo do mandato dele e de Uribe, ele manteve "muitas reuniões com (o venezuelano Hugo) Chávez e com Uribe". "Fui para a Colômbia para discutir problemas com a Venezuela e fui para a Venezuela discutir problemas com a Colômbia. E meu único interesse é que a Venezuela e a Colômbia se entendam e vejam a importância que um país tem para o outro no fluxo de comércio, na geração de empregos."
Lula afirmou que "o problema da Colômbia com as Farc é um problema da Colômbia com as Farc". "E, nestes oito anos, eu nunca dei palpite sobre isso."
Disse ainda que "sendo presidente ou "não-presidente" (no futuro) vai continuar "trabalhando para que os dois países reconstruam suas relações". "A única palavra que não pode existir entre esses dois países é "guerra". A palavra forte que temos de falar é "paz"."
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