Presidente diz que Exéricto paquistanês ajuda guerrilha tribal

Ataque que matou 300 no Waziristão foi primeira ofensiva com suporte do governo

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Por Agencia Estado
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O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, admitiu publicamente pela primeira vez que o exército ajudou milicianos tribais em combates contra militantes estrangeiros. De acordo com o general Musharraf nesta quinta-feira, 12, foi a primeira vez que o governo deu suporte militar aos guerrilheiros, que nessa semana mataram cerca de 300 pessoas em ofensivas no Waziristão. A violência em Waziristão do Sul começou no mês passado, quando milicianos tribais começaram a atacar guerrilheiros estrangeiros, especialmente usbeques, ligados à Al-Qaeda, escondidos desde a invasão americana em 2001. O governo alega que o apoio militar oferecido aos milicianos tribais é uma prova do compromisso de Islamabad com a "guerra ao terror". O número fornecido por Musharraf é bastante superior às cifras oferecidas por outras fontes oficiais. Falava-se anteriormente na morte de 150 a 230 guerrilheiros estrangeiros e 40 milicianos tribais. As milícias tribais, encarregadas de preservar a segurança na região após um acordo assinado com o governo do Paquistão, têm a intenção de expulsar os estrangeiros do país. O governo disse que o derramamento de sangue é uma evidência que o questionamento sobre seu comprometimento em lutar contra o terrorismo e o extremismo estão erradas. "Estamos requisitando o mesmo no Waziristão do Norte, e há indicações de que o mesmo pode acontecer lá", disse o presidente. Fontes locais colocam o número bem abaixo, menos de uma centena. A baixa segurança na região espantou os jornalistas, e atualmente é virtualmente impossível verificar as informações das autoridades. O exército negou qualquer participação nos combates, mas agora diz que está ajudando a retirar os estrangeiros do país, entre eles integrantes da Al-Qaeda e Taleban.

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