Presidente do Egito condena ataques à Faixa de Gaza

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Por AE
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O presidente do Egito, Mohammed Morsi, rechaçou nesta quinta-feira os bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza, os quais definiu como "agressão" israelense, ao dizer que os eventos ameaçam desestabilizar o Oriente Médio inteiro. O Egito pediu aos Estados Unidos que forcem Israel a parar com os bombardeios. Pelo menos 18 pessoas, das quais 15 palestinos e três israelenses, foram mortas até esta quinta-feira na Faixa de Gaza e sul de Israel. O primeiro-ministro do Egito, Hisham Qandil, visitará a Faixa de Gaza na sexta-feira, informou o Hamas em comunicado."Os israelenses precisam entender que não aceitamos esta agressão, que poderá levar a região inteira à instabilidade", disse Morsi. O atual governo egípcio, comandado pelo braço político da Irmandade Muçulmana, tem laços próximos com o movimento Hamas, que governa a Faixa de Gaza. Morsi, contudo, adotou um tom mais moderado que a Irmandade Muçulmana egípcia nos últimos dias. Ele afirma que telefonou nesta quinta-feira ao presidente dos EUA, Barack Obama, e que os dois conversaram sobre a escalada na violência entre Israel e o Hamas. Morsi disse que os dois países trabalharão juntos para que Israel e o Hamas cheguem a um cessar-fogo.Obama também conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao qual disse nesta quinta-feira que Israel "tem o direito de se defender". O Egito pediu aos EUA que pressionem Israel a interromper a ofensiva contra militantes do Hamas na Faixa de Gaza, advertindo que a violência "poderia escalar fora de controle". O ministro das Relações Exteriores, Mohammed Kamel Amir, enviou um comunicado à secretária de Estado Hillary Clinton na noite de ontem, pedindo a intervenção americana "imediata para parar a agressão israelense". O pedido foi feito depois do Egito retirar seu embaixador de Israel para protestar contra a ofensiva.Israel bombardeou a Faixa de Gaza com ataques aéreos na quarta-feira, matando o chefe militar do Hamas em um ataque direcionado. Amir disse a Clinton que, se a ofensiva de Israel não parar, "a questão vai sair de controle" e pediu aos EUA "para usar os contatos que tem com Israel".As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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