Presidente do Equador garante retorno do país à Opep

O Equador continua sendo membro do grupo, apesar de ter se retirado em 1992

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Por Agencia Estado
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O presidente do Equador, Rafael Correa, assegurou neste domingo, 8, que o país voltará à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). "Já é uma decisão tomada: retornaremos à Opep. Houve até declarações do secretário da Opep dizendo que o Equador sempre esteve presente na entidade, mas digamos que o país não era atuante", disse Correa, em seu programa de rádio. O presidente equatoriano acrescentou que, por enquanto, existe "um problema de acumulação de cotas, e que devem ser pagos US$ 5 milhões". O governante disse que, apesar da proposta custar dinheiro ao país, também "há grandes benefícios, como por exemplo, a abertura do financiamento dos bancos do Oriente Médio". Em março deste ano, o presidente da Opep, Mohammed bin Dhaen al-Hamli, disse que o Equador continua sendo membro pleno do grupo, apesar de ter se retirado em 1992. Segundo o presidente da organização, "todos os membros esperam que o Governo de Quito volte a participar das reuniões da entidade". "O Equador ainda é membro", afirmou o presidente da Opep e ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, ao fim da 144ª conferência ministerial do grupo, em Viena. Al-Hamli disse que a participação do Equador, que entrou na organização em 1973, foi apenas "suspensa" em 1992, e que espera uma carta do Governo de Quito para que a reincorporação do país seja efetivada. O Equador produz 530 mil barris de petróleo por dia, e seria o membro de menor produção petrolífera dentro da Opep. O petróleo é o principal produto de exportação do Equador, que, com as receitas de suas vendas financia 35% do orçamento geral do Estado.

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