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Presidente do Iêmen propõe governo de unidade nacional

Oposição teria rejeitado oferta; protestos pela saída de Saleh seguem pelo país.

Por BBC Brasil
Atualização:

Os protestos prosseguiram na segunda-feira em Sanaa O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou nesta segunda-feira que poderá permitir que grupos oposicionistas ingressem em seu governo, formando uma administração de unidade nacional no país. Um porta-voz do governo disse que o presidente estaria disposto a formar um novo governo se candidatos da oposição submeterem pedidos. No entanto, importantes nomes da oposição iemenita teriam recusado a oferta, dizendo que esta não reflete as atuais circunstancias do país. Inúmeros protestos contra o governo vêm ocorrendo no Iêmen desde o mês passado e correspondentes dizem que o presidente Saleh estaria tentando desesperadamente conter o avanço das manifestações. 'Estado falido' Nesta segunda-feira ocorreram protestos em diversas partes do país, da capital Sanaa até o sul, onde atua uma guerrilha separatista. Em comum entre estas manifestações, segundo analistas, parece ser a disposição dos oposicionistas de não aceitar menos do que a saída de Saleh, que está há 32 anos no poder. Calcula-se que pelo menos 24 pessoas tenham morrido em protestos nas últimas duas semanas no país, que é considerado o mais pobre do mundo árabe. Saleh, um grande aliado americano na luta contra a Al-Qaeda, estaria tentando reunir apoio entre setores tribais, mas a oposição afirmou estar se mobilizando para o que chamou de "dia de fúria" contra o governo, nesta terça-feira. Cerca de 40% da população do Iêmen vive com menos de US$ 2 por dia e um terço passa fome, segundo indicadores internacionais. Um em cada dois iemenitas possui armas e analistas dizem que o país está próximo de ser considerado um Estado falido, como a Somália ou o Afeganistão. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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