Presidente do Iêmen reaparece na TV, após ser queimado em ataque

Em tratamento na Arábia Saudita, Ali Abdullah Saleh pediu união aos iemenitas e não falou em renúncia.

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Por BBC Brasil
Atualização:

O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, fez sua primeira aparição pública desde que sofreu queimaduras durante um ataque de grupos opositores ao palácio presidencial, no último mês. Com curativos nas mão e sem mover os braços, Saleh disse nesta quinta-feira, em pronunciamento na TV estatal do Iêmen, que só um diálogo nacional pode resolver a crise no país, "dentro dos parâmetros da Constituição e da lei". Inspirados nas revoltas que derrubaram os regimes da Tunísia e do Egito, opositores de Saleh pedem, há meses, a renúncia do presidente, em grandes manifestações. Autoridades de países do golfo Pérsico chegaram a formular um acordo, que previa a renúncia de Saleh, a fim de estancar a crise. O presidente, que governa o país há três décadas, se recusa a deixar o poder. Saleh fez o pronunciamento a partir da Arábia Saudita, para onde foi buscar tratamento médico. Ele não citou a possibilidade de renúncia. Queimaduras "Tive queimaduras no acidente. Várias autoridades também passaram por operações, como o presidente do parlamento, o primeiro-ministro, seu vice, e o governador de Sanaa (capital iemenita). Mais de 87 ficaram feridas (no ataque ao palácio)", confirmou Saleh. Sete pessoas morreram no ataque a bomba contra o palácio presidencial, em 6 de junho. O primeiro-ministro Ali Mohammed Mujawar e dois altos funcionários ficaram feridos com gravidade. Diplomatas ocidentais têm ajudado os iemenitas a investigar os ataques e confirmaram que uma grande quantidade de explosivos foi colocada na mesquita do palácio, onde Saleh e vários funcionários participavam das preces de sexta-feira. O presidente acusou um grupo tribal rival de executar o ataque. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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