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Presidente do Iraque diz que EUA ficam o tempo necessário

Talabani disse que o general Abizaid lhe garantiu que as forças americanas "estão prontas para permanecer o quanto pedirmos"

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Iraque, Jalal Talabani, reafirmou neste sábado que o país precisa de um governo de união nacional, após uma onda de violência religiosa, e disse ter recebido garantias de que as tropas americanas ficarão no país o quanto for necessário - "não importa o período". Os comentários foram feitos depois que um atentado a bomba contra um terminal de microônibus num subúrbio ao sul de Bagdá matou sete pessoas e feriu outras 25. A violência acabou com a paz relativa produzida pela proibição do tráfego de automóveis em Bagdá e arredores, que vigorou na sexta-feira. Talabani falou a jornalistas depois de se reunir com o general John Abizaid, chefe do comando central americano, que está em visita a Bagdá. Abizaid se disse "muito, muito satisfeito com a reação das forças armadas iraquianas" à crise desencadeada pelo ataque de 22 de fevereiro contra um santuário xiita em Samarra e as represálias contra sunitas. A situação pôs o Iraque à beira de uma guerra civil. "Devemos entender que os terroristas tentam criar problemas em meio ao povo iraquiano e que podem levar a dificuldades entre vários grupos", disse ele, após uma reunião, em separado, com o primeiro-ministro Ibrahim al-Jaafari. O presidente Talabani disse que Abizaid lhe garantiu que as forças americanas "estão prontas para permanecer o quanto pedirmos, não importa o período". Ele disse ainda que Abizaid lhe garantiu que "um governo forte de unidade nacional, formado por todos os blocos no parlamento, ajudará na estabilidade e na paz". No entanto, Talabani disse que seus correligionários curdos, e aliados, combaterão a proposta de um segundo mandato para o premier al-Jaafari. Políticos sunitas, curdos e seculares pediram que o principal grupo no Parlamento, a Aliança Unida Iraquiana, indique outro nome para a chefia do governo, acusando al-Jaarafi de ter sido incapaz de conter a violenta represália xiita após o atentado de Samarra.

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