Presidente do Quirguistão diz que renuncia se tiver segurança

Afastado na semana passada, Kurmanbek Bakiyev vinha insistindo em ficar no cargo.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

O presidente deposto do Quirguistão, Kurmanbek Bakiyev, disse nesta terça-feira que está disposto a renunciar se o governo interino garantir a sua segurança e a de sua família e der fim ao derramamento de sangue no país. As condições foram colocadas em declarações que ele deu em uma coletiva na cidade de Jalalabad, no oeste do país centro-asiático, onde permanece desde que foi afastado do poder em violentos protestos na semana passada. Ainda nesta terça-feira, líderes do governo interino retiraram a imunidade presidencial de Bakiyev e disseram que iriam prendê-lo se ele se recusasse a renunciar. Em declarações anteriores, Bakiyev havia insistido que continuava a ser o líder legítimo do Quirguistão. Eleições Na coletiva, ele disse também que o governo interino tem que "começar a preparar uma eleição presidencial para ser realizada dentro de dois ou três meses". Bakiyev afirmou ainda que está disposto a conversar com a líder interina, Roza Otunbayeva, se ela for até o sul do país para encontrá-lo. Segundo ele, não segurança para ele viajar até a capital, Bishkek. Entretanto, um representante do governo interino disse, de acordo com a agência de notícias russa Interfax, que Otunbayeva não tem a intenção de realizar negociações diretas com Bakiyev. "Nossa posição é simples - reconhecer a renúncia e nada mais, e que ele (Bakiyev) permaneça sendo o presidente de seu próprio quintal", disse Edil Baysalov, chefe de gabinete interino. Bakiyev também voltou a pedir uma investigação internacional sobre os violentos protestos que ocorreram na última quarta-feira e que resultaram na morte de mais de 80 pessoas. As manifestações em várias cidades foram o ápice de semanas de descontentamento público gerado pela inflação e por acusações de corrupção no governo do Quirguistão. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.