08 de abril de 2010 | 12h22
MOSCOU - O presidente do Quirguistão, Kurmanbek Bakiyev, disse nesta quinta-feira, 8, que se recusou a aceitar a derrota após a oposição tomar a sede do governo em Bishkek e não renunciará ao cargo, conforme a líder opositora e autoproclamada mandatária interina, Roza Otunbayeva, havia dito anteriormente.
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Bakiyev, falando à rádio russa Ekho Moskvy, acusou a oposição de tomar o poder ilegalmente pelo uso de armas e reconheceu que tinha pouca influência sobre os acontecimentos no país no atual momento.
Já a agência 24.kg leu um email enviado pelo líder quirguiz, no qual ele pedia o fim da violência no país. "Eu não desisti e não desistirei do poder. Mas o que é mais importante agora é acabar com a violência e a fúria das multidões que se espalharam pelas ruas de Bishkek e de outras cidades", diz o comunicado de Bakiyev.
Bakiyev também se disse pronto para "assumir a responsabilidade por sua culpa nos trágicos acontecimentos se essa culpa for provada por uma investigação objetiva e imparcial". "Em caso de futuras desestabilizações, os líderes da oposição serão responsabilizados e punidos de acordo com a lei", disse.
Segundo ele, forças estrangeiras não identificadas estiveram envolvidas nos distúrbios que derrubaram o governo na capital, embora não tenha citado nenhum possível país envolvido. Bakiyev disse estar em uma cidade no sul do país, mas não especificou o local.
Na quarta-feira, Bishkek presenciou distúrbios entre a Polícia e partidários da oposição, que se manifestavam contra as políticas autoritárias do governo e pela libertação de líderes do Partido Social Democrata. As manifestações culminaram com pelo menos 75 mortos, centenas de feridos, a tomada de várias sedes governamentais e a expulsão do presidente e outros governantes.
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