24 de julho de 2009 | 09h17
O presidente do Quirguistão, Kurmanbek Bakiyev, foi reeleito por uma maioria arrasadora, segundo os dados preliminares oferecidos nesta sexta-feira pelas autoridades eleitorais dessa ex-república soviética na Ásia Central, em resultados que a oposição não reconhece e denuncia como fraudulentos.
Com um terço das urnas apuradas, Bakiyev aparecia com 88,9% dos votos, anunciou em entrevista coletiva concedida em Bishkek o presidente da Comissão Eleitoral Central (CEC) quirguiz, Damir Lisovski, citado pela agência russa "Interfax".
O presidente da CEC explicou que esses números correspondem à apuração de 969 dos quase três colégios eleitorais do Quirguistão. Segundo Lisovski, o ex-primeiro-ministro e líder do Movimento Popular Unido, Azlambeka Atambayev, conseguiu 6,29% dos votos, enquanto os outros quatro candidatos à Presidência não superaram 2% dada.
Um total de 79,38% dos cerca de 2,9 milhões de eleitores do Quirguistão participaram do pleito. "As eleições presidenciais transcorreram em um clima bastante tranquilo e amistoso", disse Lisovski ao fazer um resumo da jornada eleitoral de quinta-feira.
No entanto, a avaliação da oposição sobre o pleito é diferente da do presidente da CEC. "Não reconhecemos os resultados das eleições. Não são legítimas por causa do elevado número de irregularidades", declarou hoje Atambayev, que anunciou a retirada de sua candidatura no meio do dia de votação.
Ainda na quinta-feira, a oposição quirguiz já havia se negado a reconhecer os resultados das eleições, mas renunciou aos protestos, que foram proibidos pelas autoridades.
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