19 de janeiro de 2015 | 17h24
PORTO PRÍNCIPE - O presidente do Haiti, Michel Martelly, anunciou a formação de um novo governo na noite do domingo 18 na tentativa de resgatar o país caribenho em meio a uma crise política.
Martelly, que fez o anúncio via Facebook, havia prometido na sexta-feira 16 usar sua autoridade executiva para formar um governo de consenso depois que o Parlamento foi dissolvido na semana passada.
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Apesar de prometer um novo governo, Martelly manteve vários integrantes do atual gabinete em seus postos, entre eles os ministros da Saúde, Turismo, Educação, Relações Exteriores, Defesa e Serviços Públicos. Ele também nomeou vários aliados para posições-chave, incluindo o novo ministro do Planejamento, Yves Germain Joseph, e o secretário de Estado de Segurança Pública, Carel Alexandre.
Os 18 ministros e 16 secretários de Estado vão tomar posse na tarde desta segunda-feria, 19, disse Martelly em comunicado oficial em sua página no Facebook.
Em discurso na sexta-feira, o presidente fez um apelo a manifestantes antigoverno para que mantivessem a ordem enquanto ele tenta levar o país a eleições. Ele também deu posse a um novo primeiro-ministro na sexta, o ex-prefeito de Porto Príncipe Evans Paul.
Após a dissolução do Parlamento, alguns observadores temem que o Haiti, com seu histórico de golpes, revoltas e ditaduras, volte a viver instabilidade política.
O Haiti é o país mais pobre do hemisfério e ainda se recupera do terremoto devastador de janeiro de 2010, que destruiu grande parte da capital Porto Príncipe.
O país depende muito de ajuda financeira dos EUA, e Washington teme que um colapso político no Haiti resulte numa imigração em massa para os EUA.
O Brasil é o maior contribuinte de tropas para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti e exerce o comando militar da operação estabelecida em junho de 2004 para apoiar o país. /REUTERS
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