
09 de agosto de 2011 | 13h04
Saleh foi para a Arábia Saudita tratar os ferimentos sofridos em uma tentativa de assassinato dois meses atrás, no auge da luta entre as tropas leais a ele e as forças de uma poderosa facção tribal que apoiava manifestações populares em massa, as quais pediam a saída do presidente do poder após 33 anos de regime autoritário.
A paralisia política no Iêmen por causa do futuro de Saleh deixou o país mais pobre do mundo árabe à beira da guerra civil e aumentou a preocupação na vizinha Arábia Saudita e nos Estados Unidos de que a crescente turbulência possa fortalecer a ramificação da al Qaeda no Iêmen.
Os EUA e a Arábia Saudita, ambos alvo de ataques da al Qaeda com base no Iêmen, tentaram conter a agitação por meio de um acordo para a saída de Saleh do cargo, formatado pelos países ricos do Golfo Árabe.
Saleh concordou com a proposta, mas recuou por três vezes pouco antes de assiná-la, o que desencadeou, na última vez, semanas de combates entre suas forças e as da facção tribal Hashed, que apoia as manifestações pela sua saída do poder.
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