A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, desistiu nesta quinta-feira, 17, de concorrer à presidência nas eleições de outubro. Ela apareceu em quarto lugar em uma pesquisa que foi divulgada na quarta-feira.
A sondagem da fundação católica Jubileo, feita em conjunto com várias universidades bolivianas, apontou Luis Arce, ex-ministro da Economia de Evo Morales (2006-2019), liderando a disputa, com 29,2% das intenções de voto, seguido do ex-presidente de centro Carlos Mesa, com 19%. Em terceiro lugar apareceu o líder cívico regional de direita Luis Fernando Camacho, com 10,4%, seguido de Áñez, com 7%.
A pesquisa também determinou as porcentagens dos votos válidos. Nesse caso, Arce teria 40,3%, Mesa ficaria com 26,2%, Camacho alcançaria 14,4% e Áñez, 10,6%. Pelos números, se a eleição fosse hoje, Arce seria eleito no primeiro turno.
Áñez disse, em pronunciamento gravado, que tomou a decisão de retirar sua candidatura “pelo bem maior” da população e para evitar que os votos contra o candidato de Evo não se dividam entre os diversos nomes que se lançaram na disputa. “Deixo de lado minha candidatura à presidência da Bolívia para cuidar da democracia”, disse a presidente interina, que havia anunciado a sua candidatura em janeiro, sob críticas até de aliados.
A agora ex-candidata pela aliança Juntos disse que a decisão tem o objetivo de “contribuir para a vitória dos que não querem a ditadura”, porque, “se não houver união, Morales voltará”. “Se não nos unirmos, a democracia perde e a ditadura ganha”, acrescentou a presidente interina. / AFP e EFE