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Presidente peruano rejeita acusações de ter trabalhado para Odebrecht

Kuczynski negou ter recebido dinheiro da construtora em suas campanhas para as eleições presidenciais de 2011 e 2016

Atualização:

LIMA - O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, garantiu nesta quarta-feira que é falsa a acusação de que a construtora brasileira Odebrecht, envolvida em diversos escândalos de corrupção na América Latina, o contratou como consultor financeiro há uma década.

Em uma breve mensagem televisionada à nação, Kuczynski negou ter recebido dinheiro da Odebrecht em suas campanhas para as eleições presidenciais de 2011 e 2016.

Pedro Pablo Kuczynski, presidente do Peru, nega envolvimento no escândalo da Odebrecht Foto: REUTERS/Mariana Bazo

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O maior jornal do Peru, El Comercio, relatou na segunda-feira que o ex-presidente da companhia brasileira Marcelo Odebrecht acusou Kuczynski de ter trabalhado para a construtora após o governo de Alejandro Toledo (2001 a 2006), quando Kuczynski foi um dos ministros da Economia.

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De acordo com o jornal, Marcelo Odebrecht, que foi interrogado por promotores peruanos no Brasil, destacou que a empresa brasileira havia financiado campanhas de candidatos presidenciais peruanos.

“Afirma que depois de ter sido ministro, me contratou como consultor financeiro de tal empresa. Esta suposta afirmação também é falsa”, disse Kuczynski.

“Não recebi nenhum repasse de tal empresa em nenhuma de minhas campanhas eleitorais”, acrescentou o presidente peruano, de 79 anos.

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A Reuters não conseguiu confirmar o que Marcelo Odebrecht disse a promotores peruanos em Curitiba.

“Como chefe de Estado, apoio a luta contra a corrupção em todos os seus níveis”, afirmou Kuczynski. “É fundamental que todos lutem contra a corrupção, esta luta tem meu compromisso”.

Kuczunski, que assumiu em julho do ano passado em mandato de cinco anos, rejeitou qualquer vínculo profissional com a Odebrecht, no âmbito de uma investigação realizada pelo Congresso dominado pela oposição. / REUTERS

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