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Presidente somali promete guerra ao shebab após atentado em Mogadíscio

Líder disse que se não houver resposta aos ataques terroristas, chegará o dia em que 'serão os nossos próprios corpos em pedaços que serão recolhidos'

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Por Redação
Atualização:
Manifestantes em protesto contra o grupo militante shebab no estádio Koonis, em Mogadíscio, capital da Somália. Foto: Feisal Omar/Reuters

MOGADÍSCIO - O presidente somali, Mohamed Abdullahi Mohamed, prometeu nesta quarta-feira, 18, intensificar a guerra contra os insurgentes islamitas shebab durante uma manifestação de milhares de pessoas em memória aos cerca de 300 mortos no atentado mais letal já registrado em Mogadíscio.

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Atentado com caminhões-bomba deixa centenas de mortos na Somália

Com faixas vermelhas amarradas na cabeça, os participantes da manifestação passaram pelos locais da explosão de um caminhão-bomba em um bairro movimentado da capital, antes de se reunirem em um estádio, aos gritos de "estamos prontos para lutar".

Apesar de habituada a atentados e ataques de extremistas, Mogadíscio ficou particularmente chocada com a explosão, que deixou ao menos 276 mortos e 300 feridos. O atentado não foi reivindicado, mas as autoridades não têm qualquer dúvida sobre a responsabilidade dos islamitas somalis vinculados à Al-Qaeda, que lançam frequentemente atentados suicidas em Mogadíscio e arredores.

Diante da multidão, o presidente somali declarou que o atentado "mostrou que nós não fizemos o suficiente para deter os shebab". "Se não respondermos hoje, é certo que chegará o momento em que serão nossos próprios corpos em pedaços que serão recolhidos do chão. Devemos resistir juntos e combater os shebab, que continuam a massacrar nosso povo", acrescentou.

Outras manifestações e protestos de unidade também foram celebradas em cidades do centro e do sul da Somália. / AFP

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