14 de março de 2019 | 20h20
QUITO - O presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou ontem sua decisão de retirar seu país da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e pedir a devolução do prédio que abriga a secretaria-geral do organismo, localizado nos arredores de Quito.
Moreno planeja entregar a sede do bloco regional à Universidade Indígena e pretende retirar a estátua de Néstor Kirchner, presidente argentino, morto em 2007, “pois ela não representa as aspirações da população equatoriana.
Desta forma, o Equador transforma-se no sétimo país em menos de um ano a suspender sua participação no organismo, depois de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru, que se retiraram em 20 de abril de 2018, diante da ausência de um secretário-geral. Agora, o bloco fica reduzido a apenas cinco integrantes.
“Deixaremos de participar de todas as atividades da organização. Não daremos um centavo a mais, nem qualquer verba para o orçamento”, afirmou Moreno. Sobre a sede da Unasul, um prédio que custou US$ 43 milhões, Moreno declarou que, “como legítimos donos, também pedimos a devolução do edifício sede”.
“A Unasul entrou em um caminho sem volta há um ano. A metade dos membros não participa, nem contribui. A secretaria-geral não tem titular há mais de dois anos e o pessoal foi reduzido sensivelmente”, disse Moreno. Além disso, ele não duvidou em jogar a culpa nos regimes de esquerda que governaram vários países do continente há uma década ao tentar explicar o fracasso da organização. / AFP e EFE
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