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Presidente Xanana Gusmão prega reconciliação no Timor

Gusmão admitiu a existência de um conflito no país que precisa ser solucionado

Por Agencia Estado
Atualização:

Xanana Gusmão, presidente do Timor Leste, pediu nesta quarta-feira aos timorenses um gesto de reconciliação, para restabelecer a paz no país e dar um basta à violência que causou cerca de 30 mortes e deixou 100 mil pessoas desabrigadas. "Falaremos do passado depois de executarmos um plano de ação para restabelecer o funcionamento das atividades do Estado e da atividade privada. Vamos evitar jogar a culpa uns nos outros", disse Gusmão. Em seu primeiro discurso no Parlamento desde o início da onda de violência em Díli, em abril, Gusmão afirmou que a prioridade de seu governo é "acabar com a destruição de bens e propriedades e garantir assistência humanitária à população necessitada". O presidente admitiu a existência de um conflito entre timorenses que precisa ser solucionado com novas medidas políticas. "A crise demonstrou a todos que algo estava errado. Na política, não reconhecer um erro, ainda que seja pequeno, pode levar a outro mais grave. Só reconhecendo que algo não funcionou poderemos corrigir a situação", disse. Conflito Tropas da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal continuam em Díli para garantir a segurança. Durante semanas, grupos da região ocidental e oriental do país se enfrentaram nas ruas. A violência explodiu depois da expulsão de cerca de 600 soldados do Exército que exigiam o fim da discriminação étnica na instituição. Eles agora reivindicam a renúncia do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, como condição para se renderem. Gusmão, que assumiu o controle das Forças Armadas ao declarar o estado de emergência, reafirmou no Parlamento que ficará no posto até o fim de seu mandato, em maio de 2007.

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