Preso inglês que venderia míssil a terrorista nos EUA

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Por Agencia Estado
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Autoridades americanas prenderam nesta terça-feira um britânico de origem indiana por tentar contrabandear um pequeno míssil terra-ar russo para os EUA para vendê-lo a terroristas, informaram funcionários em Washington. Segundo as fontes, o homem foi detido de manhã pelo FBI (polícia federal americana) em Newark, New Jersey, como parte de uma operação internacional que envolveu também autoridades britânicas e russas. Outras duas pessoas acusadas de envolvimento na operação de contrabando foram detidas horas depois em Nova York. Agentes do FBI fizeram uma busca num prédio nova-iorquino e saíram levando várias caixas cujo conteúdo não foi divulgado. Até a noite, o FBI não se pronunciou oficialmente sobre o caso. As identidades dos detidos não foram imediatamente reveladas. Segundo autoridades citadas pela rede britânica BBC, o britânico é um comerciante de armas estabelecido em Londres, que conseguiu que fosse transportado ilegalmente para os EUA um míssil Igle - apontado por especialistas como uma versão russa do Stinger americano - e acreditava que o estava vendendo a um extremista muçulmano para ser usado para derrubar um avião. Seus movimentos eram seguidos desde março, quando foi a São Petersburgo, na Rússia. Ele chegou domingo com sua mulher a Nova York num vôo da British Airways vindo de Londres, foi seguido por um agente e detido após retirar uma mercadoria registrada como "suprimentos médicos" - supostamente, o míssil. Segundo fontes da BBC e da TV CNN, o míssil veio camuflado como equipamento médico num navio que chegou a Baltimore procedente da Rússia, mas o FBI já sabia qual era a verdadeira carga. Isto porque o "comprador" com quem o britânico negociara era, na verdade, um agente do FBI disfarçado. A BBC assinalou que a polícia federal tem uma gravação na qual se ouve o contrabandista dizendo querer que o míssil fosse usado para abater um grande avião de passageiros. Em novembro, extremistas tentaram fazer um atentado desse tipo na África. Naquela ocasião dois mísseis foram disparados de lançadores portáteis contra um avião israelense de passageiros que estava decolando de Mombasa, no Quênia, mas não o atingiram.

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