Preso leva FBI a informações "cruciais" sobre atentados

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Por Agencia Estado
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O primeiro grande avanço nas investigações promovidas pelo FBI sobre os atentados terroristas da terça-feira ocorreu na sexta-feira, quando um homem foi formalmente detido em Nova York em conexão com os atentados, afirmou neste sábado Jim Margolin, porta-voz do FBI em Nova York. Segundo uma fonte da Justiça, o homem seria o falso piloto detido ao tentar embarcar para a Califórnia no Aeroporto JFK, na quinta-feira, em condições semelhantes às usadas pelos terroristas-suicidas. A detenção formal permite que as autoridades levantem dados considerados "cruciais" junto à testemunha, cuja identidade não foi revelada. O homem não foi acusado de nenhum crime, segundo Margolin. O FBI também revelou o nome dos 19 seqüestradores dos quatro aviões utilizados nos atentados. Tanto Margolin como Bernard Kerik, comissário da polícia nova-iorquina, recusaram-se a dar maiores detalhes sobre a prisão. As gravações do interrogatório foram seladas. Alguns dos 25 detidos inicialmente pelo FBI tinham problemas com o Serviço de Imigração e foram interrogados a respeito pelos agentes federais. Outros foram detidos por terem vínculos com as investigações, e continuam sob vigilância das autoridades. Pistas Por sua vez, o diretor do FBI, Robert Mueller, informou aos jornalistas que as investigações até o momento já levaram a mais de 36.000 pistas e que seus agentes realizaram centenas de entrevistas em todo o país. Mueller explicou que mais de 30 ordens de detenção foram enviadas a vários lugares, além de centenas de citações judiciais, e que os agentes apreenderam computadores e "informação em documentos". Mueller negou-se a dizer se alguns dos 19 seqüestradores tinha vínculos com organizações controladas pelo dissidente saudita Osama bin Laden, considerado pelas autoridades norte-americanas como o principal suspeito. A lista de nomes não informou sobre a nacionalidade de origem dos seqüestradores, mas dois deles estavam nos EUA com vistos de entrada e os Emirados Árabes Unidos eram o último país onde um deles havia estado. Nomes Os seqüestradores do vôo que se abateu sobre o Pentágono foram Khalid Al-Midhar, que estava nos EUA com visto, Majed Moqed, Nawaq Alhamzi, Salem Alhamzi e o piloto Hani Hanjour, que possivelmente viveu em Phoenix e San Diego. Não havia informações sobre Moqed, mas divulgou-se que que os Alhamzi possivelmente residiam em Fort Lee, em New Jersey. Em um dos vôos que se espatifaram contra o World Trade Center, os seqüestradores tinham entre 20 e 35 anos, e todos, com exceção de um, aparentemente eram pilotos, disse o FBI. Seus nomes eram Walid M. Alsheri, Wail Alsheri, Mohamed Atta - que, segundo se presume, residiam na Flórida e em Hamburgo, na Alemanha; e Abdulaziz Alomari e Satam Al Suqami, cuja última passagem registrada foi pelos Emirados Árabes Unidos. Os seqüestradores do vôo 175 da United Airlines, que também foi arremessado contra o World Trade Center (WTC), eram o piloto Marwan al Shehhi, que vivia na Flórida e estava nos EUA com visto. Os outros eram Fayez Ahmed, Mohad Alsheri, Hamza Alghamdi, todos com endereços em Delray Beach, na Flórida. Os seqüestradores do avião que caiu na Pensilvânia foram identificados como Ahmed Alhaznawi, Ahmed Alnami, Said Alghamdi, todos possivelmente residindo em Delray Beach, e o piloto Ziad Jarrahi. Lista A porta-voz do Departamento de Justiça, Mindy Tucker, declarou que a lista de mais de 100 pessoas que o FBI quer interrogar foi emitida na sexta-feira e que seus nomes não serão divulgados. A porta-voz acrescentou que constantemente alguns nomes estão sendo acrescentados e outros estão sendo retirados e não quis informar como foram identificados os convocados para prestar depoimento.

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