PUBLICIDADE

Primárias de partidos pró-democracia levam mais de 500 mil eleitores às urnas em Hong Kong

Pleito ocorreu ante ameaça de Pequim de utilizar lei de segurança nacional para punir eleitores

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

HONG KONG - Mais de meio milhão de pessoas foram às urnas neste domingo, 12, para votar nas primárias organizadas por partidos pró-democracia em Hong Kong. O pleito vai apontar os candidatos para as eleições legislativas do país.

A participação foi alta, apesar do aviso do governo de que poderia violar a nova lei de segurança imposta por Pequim ao território semiautônomo chinês. 

Um homem de Hong Kong, de 33 anos, se tornou o primeiro caso documentado de reinfecção da covid-19 no mundo. Foto: EFE/EPA/JEROME FAVRE

PUBLICIDADE

Milhares de pessoas esperaram para entrar nos mais de 250 centros de votação no território. A votação durou dois dias, sábado e domingo. Após o fechamento dos centros eleitorais, os organizadores informaram ter contabilizado 580 mil eleitores no sistema de votação eletrônica.

"Diante da nova lei de segurança nacional, quase 600.000 pessoas vieram e votaram, e aí que vemos a coragem do povo de Hong Kong", disse o ex-deputado e organizador das primárias, Au Nok-hin.

Os candidatos vencedores serão anunciados na segunda-feira após a contagem, e concorrerão às eleições legislativas de Hong Kong, previstas para setembro.

Na quinta-feira, 9, o secretário de Assuntos Constitucionais e Continentais, Erick Tsang, chegou a afirmar que aqueles que "organizam, planejam e participam" das eleições primárias podem ser punidos pela lei de segurança imposta por Pequim. A fala do secretário foi publicada por vários jornais pró-Pequim, mas não foi suficiente para diminuir o comparecimento dos eleitores.

Na semana passada, como resposta ao movimento pró-democracia iniciado em 2019, Pequim impôs uma lei de segurança em Hong Kong, prevendo a punição de atos de subversão, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras./ AFP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.