PUBLICIDADE

Primeira-ministra apoia investigação do braço australiano do grupo de Murdoch

Partido Verde quer que atividades da News Limited, que domina 70% do setor no país, sejam investigadas

Atualização:

SYDNEY - A primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, anunciou nesta terça-feira, 19, seu apoio à proposta apresentada no Senado pelo Partido Verde para que sejam investigadas as atividades da companhia australiana News Limited, propriedade de Rupert Murdoch.

 

PUBLICIDADE

"Acredito que os australianos estão olhando a News Limited e querem respostas para algumas duras questões", disse a chefe do Governo um dia depois de Murdoch ter ido ao Parlamento britânico para prestar esclarecimentos sobre as supostas escutas ilegais do diário "News of the World" no Reino Unido.

 

O magnata, de 80 anos, e de seu filho James, presidente do seu império na Europa, expressaram no Parlamento britânico seu pesar pelos danos causados às vítimas das escutas, mas negaram qualquer responsabilidade no caso.

 

A News Limited, filial australiana do grupo News Corporation, domina cerca de 70% do setor de imprensa escrita e tem ainda importante participação em canais de televisão, diários digitais e outros meios de comunicação do país.

 

O chefe executivo da News Limited, John Hartigan, negou em vários comunicados que a companhia tenha atuado na Austrália de forma similar ao tabloide "News of the World" e anunciou que serão analisados todos os pagamentos realizados pelo grupo nos últimos três anos.

 

O Partido Trabalhista, capitaneado por Gillard, alegou em várias ocasiões que os diários da News Limited travam uma campanha para arranhar sua imagem, acusação que foi rejeitada pela direção do grupo de comunicação.

 

Em nota dirigida aos trabalhadores da News Limited, Murdoch assegurou que sua companhia sairá fortalecida do escândalo.

Publicidade

 

Murdoch, naturalizado americano, nasceu na cidade australiana de Melbourne e em Adelaide fundou seu primeiro diário.

 

Leia mais:lista ENTENDA: O escândalo dos grampos na Inglaterra

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.