
21 de abril de 2016 | 17h08
GENEBRA - O primeiro comboio humanitário entrou em Daraya, uma cidade a sudoeste de Damasco com presença rebelde, onde nenhuma ajuda tinha entrado desde 2012 e onde uma missão da ONU acaba de comprovar que há civis.
"O relatório que recebemos é um sinal de alarme, há civis, entre elas crianças, que precisam de alimentos e remédios", disse o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.
"Daraya se transformou em um símbolo de inacessibilidade", afirmou o mediador internacional, que detalhou que a ajuda foi introduzida através de uma missão de investigação da ONU, que conseguiu entrar no local para verificar a situação.
De Mistura não deu detalhes sobre a assistência introduzida nem sobre as descobertas de tal missão. O enviado da ONU acrescentou que a Rússia facilitou a entrada da equipe de investigação em Daraya.
Além disso, falou do povoado de Deir es-Zor, no nordeste sírio e onde há distritos em poder das autoridades que estão sitiados pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) há mais de um ano.
O mediador lembrou que em oito ocasiões foi lançada ajuda através de aviões sobre esta cidade para 65 mil pessoas. "O Programa Mundial de Alimentos (PMA) planeja dobrar a assistência lançada pelo ar, para isso são necessários mais fundos, mas não acho que haja problema", ressaltou.
Até agora, a ONU conseguiu distribuir ajuda a 560 mil pessoas em lugares assediados e de difícil acesso na Síria, das quais 220.250 ficam em áreas sitiadas. / EFE
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