Primeiro-ministro checo apresenta renúncia de seu governo

Governo apresenta renúncia apenas cinco semanas após sua constituição

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Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro da República Checa e chefe do conservador Partido Cívico Democrático (ODS), Mirek Topolanek, apresentou nesta quarta-feira em Praga a renúncia de seu governo, apenas cinco semanas após sua constituição. Topolanek encaminhou ao presidente do país, o também conservador Vaclav Klaus, sua solicitação de renúncia, após perder um voto de confiança do Parlamento no último dia 3. O Executivo, que só contava com o apoio de 81 deputados do ODS, sobre um total de 200 cadeiras no Parlamento, foi instaurado em 4 de setembro, três meses após a vitória no pleito legislativo. O Executivo demissionário era formado por nove ministros do ODS e outros seis sem filiação política. Embora o ODS tenha vencido as legislativas de junho, com 35,4% dos votos, houve um empate em cem cadeiras entre as forças da esquerda e da centro-direita. Os social-democratas ficaram com 74 deputados e os comunistas, com 26, enquanto os conservadores ficaram com 81, os democrata-cristãos, com 13, e os verdes, com 6. A formação de uma aliança tácita entre o líder social-democrata e ex-primeiro-ministro social-democrata Jiri Paroubek e o líder comunista Vojtech Filip permitiu a criação de um governo, cujo objetivo declarado e primordial era levar o país a novas eleições no segundo trimestre de 2007. Klaus deverá aceitar hoje a renúncia de Topolanek e, tal como prevê a Constituição, indicará um novo primeiro-ministro para que tente formar um governo, apesar de ter adiantado que não fará tal designação até o fim do mês. Há especulações sobre a formação de um governo de tecnocratas, válido também para os comunistas, e que poderia ser liderado por algum ex-político da década passada. Klaus empreenderá a partir de hoje uma rodada de consultas com delegações das cinco formações presentes na Câmara, incluindo os comunistas, apesar de ter rejeitado qualquer formação de governo que dependa desta legenda esquerdista. O presidente solicitou uma administração interina ao governo demissionário, que permanecerá em função até o pleito municipal e para o Senado, nos próximos dias 20, 21 (primeiro turno) , 27 e 28 (segundo).

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