
25 de novembro de 2010 | 04h51
PEQUIM - O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, assegurou que seu governo "se opõe a provocações militares em qualquer de suas formas" na península coreana e pediu às duas partes "o máximo comedimento", na primeira declaração de um líder chinês após o conflito armado entre as Coreias.
Segundo informou nesta quinta-feira a agência Xinhua, o primeiro-ministro destacou que a atual situação é "grave e complexa", e por isso pediu à comunidade internacional "que faça mais esforços para reduzir as tensões".
Wen concedeu as declarações em Moscou, depois de se reunir com o presidente russo, Dmitri Medvedev, com quem concordou que as duas Coreias devem retomar junto a China, Rússia, Estados Unidos e Japão o diálogo de seis lados para manter a paz e a estabilidade na península coreana.
O chefe de governo da China, país que na quarta-feira recebeu chamadas de Japão e EUA para se envolver mais para a solução do conflito, assegurou que o gigante asiático "se dedicou sempre a manter a paz e a estabilidade".
Antes de Wen, o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês, Hong Lei, assinalou em comunicado que "a China solicita de maneira firme que a Coreia do Norte e a Coreia do Sul mantenham a calma e o comedimento e iniciem um diálogo e contatos o mais breve possível".
Hong acrescentou que o regime chinês se oporá a "qualquer ação prejudicial para a paz e para a estabilidade" na península coreana, expressando "tristeza e pesar pelas perdas humanas e materiais".
A China é o único aliado político da Coreia do Norte e sua principal fornecedora de ajuda econômica. Neste ano, os dois regimes comunistas celebraram o 60º aniversário do início da Guerra da Coreia, na qual ambs lutaram contra o Sul (apoiado pelos EUA) e que terminou com um armistício, sem acordo de paz, em 1953.
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