Primeiro-ministro da Ucrânia pede calma ao Exército

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Por Agencia Estado
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O primeiro-ministro e presidente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovych, repudiou hoje as acusações de fraude nas eleições de domingo, desdenhou os protestos que já duram três dias e pediu calma ao Exército. "Não acontece nada extraordinário. As pessoas devem viver a vida normalmente, e devemos cumprir nossa obrigação constitucional de garantir o funcionamento do Estado", disse ao abrir uma reunião do governo em Kiev. Ele ordenou ao ministro da Defesa, Alexandr Kuzmuk, que mantenha as Forças Armadas afastadas do processo político. Acusado de usar a máquina do Estado para manipular as eleições, Yanukovych disse que não vê problemas em reconhecer uma derrota nas urnas, mas "só com base em uma decisão legal". "Sou um cidadão que obedece à lei, e se me disserem que há uma decisão judicial e que a lei indica que devo reconhecê-la, eu o farei", afirmou. O ministro de Defesa ordenou calma aos militares e disse que as eleições foram legais. "Em um momento tão grave para o país, me dirijo a vocês, os defensores da Ucrânia independente, o pedido para mantenham a calma e cumpram com o seu dever constitucional de respeito à lei e à Constituição da Ucrânia", disse. Em Bruxelas, o representante europeu para a política externa, Javier Solana, pediu às autoridades ucranianas que revisem o resultado das eleições. "Pedimos às autoridades ucranianas que revisem o processo eleitoral para que se respeite a vontade do povo", disse na Comissão de Relações Exteriores do Parlamento Europeu. "A forma com a Ucrânia administra o período pós-eleitoral será uma prova crucial para nossas relações". O chanceler alemão, Gerhard Schroeder, disse hoje no Parlamento que, apesar das suspeitas sobre o processo eleitoral, a Alemanha está "trabalhando para uma solução pacífica".

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