21 de março de 2009 | 18h09
O anúncio foi feito hoje durante congresso do partido, realizado em Budapeste. Com a decisão, o primeiro-ministro diz cumprir promessa feita em janeiro do ano passado, quando afirmou que deixaria a liderança se o partido não conseguisse recuperar popularidade, que vem caindo desde então.
Gyurcsany reconheceu que sua reputação foi seriamente abalada depois que a rádio estatal transmitiu em 2006 um discurso, durante encontro do partido, no qual ele admitiu que mentiu sobre a situação econômica da Hungria no intuito de vencer as eleições, que ocorreriam alguns meses depois. Após a transmissão, uma série de protestos eclodiu no país, deixando centenas de feridos.
"Eu digo a mim mesmo que sou um obstáculo para cooperação e estabilidade que a maioria governista precisa para implementar mudanças", disse Gyurcsany a membros do partido. Entretanto, algumas horas após o anúncio, ele foi reeleito para a presidência do Partido Socialista, com mais de 80% dos votos, o que lhe daria força para escolher seu sucessor no cargo. Para alguns analistas, o anúncio de hoje pode ter sido uma tentativa de Gyurcsany para fortalecer sua posição no partido.
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