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Primeiro soldado britânico é detido pelo Domingo Sangrento no Ulster

A matança de 1972 foi um dos episódios mais brutais dos 30 anos do conflito norte-irlandês e foi o título de uma das músicas mais famosas do U2, Sunday Bloody Sunday; veja o videoclipe

Atualização:

LONDRES - Um ex-soldado foi detido acusado de envolvimento na matança de 14 manifestantes em Londonderry, Irlanda do Norte, em 1972, no episódio que ficou conhecido como Domingo Sangrento, informou nesta terça-feira, 10, o Ministério da Defesa britânico, à agência France-Presse

Esse é o primeiro militar detido por esses fatos. "Temos conhecimento de que um soldado foi detido pela polícia norte-irlandesa em conexão com sua investigação dos acontecimentos no Domingo Sangrento", afirmou um porta-voz do Ministério da Defesa, que não quis se identificar. 

Homenagem aos 14 mortos no Domingo Sangrento, matança ocorrida emLondonderry, Irlanda do Norte, em 1972 Foto: AFP PHOTO / PETER MUHLY

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A polícia da província britânica da Irlanda do Norte confirmou a prisão de um homem de 66 anos no Condado de Antrim, centro da Irlanda do Norte. Essa é a primeira prisão depois que as autoridades britânicas aceitaram investigar os fatos em 2012, após a publicação de um relatório que chegou à conclusão de que nenhuma das vítimas representava uma ameaça para os soldados quando dispararam contra elas.

Depois das conclusões, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, qualificou a ação do Exército como "injustificada e injustificável". O chefe da investigação, Ian Harrison, disse que a prisão abre "uma nova fase no conjunto do inquérito e esta fase vai durar algum tempo".

A matança do Domingo Sangrento foi um dos episódios mais brutais dos 30 anos do conflito norte-irlandês, chamado eufemisticamente de "distúrbios" e foi o título de uma da canções mais famosas do grupo irlandês U2: Sunday Bloody Sunday. Veja o vídeo: 

O conflito norte-irlandês opôs protestantes partidários de que a região do Ulster, como é chamada também a Irlanda do Norte, continuasse sendo britânica, com o apoio do Exército britânico, e os católicos, que queriam se integrar à Irlanda e tinham o grupo Exército Republicano Irlandês (IRA) como seu braço armado. A questão foi decidida com os acordos de paz da Sexta-feira Santa, em 1998. / AFP 

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