
17 de abril de 2017 | 09h38
ANCARA - O vice-presidente do principal partido de oposição da Turquia pediu nesta segunda-feira, 17, a anulação do referendo que altera o sistema de governo do país concede amplos poderes ao presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, e disse que vai levar a questão à Corte Europeia de Direitos Humanos, se necessário.
Bulent Tezcan, vice-presidente do Partido Republicano do Povo (CHP, na sigla em turco), disse que a legenda recebeu reclamações de diversas regiões nas quais pessoas afirmaram que não conseguiram votar com privacidade, e disse que algumas urnas foram apuradas em segredo.
Tezcan acrescentou que a decisão da Conselho Eleitoral Superior de aceitar cédulas não carimbadas na apuração foi claramente fora da lei.
"No momento é impossível determinar a quantidade de votos desse tipo e quantos votos foram carimbados depois. É por isso que a única decisão que vai acabar com o debate sobre legitimidade (da votação) e tranquilizar as preocupações legais da população é a anulação dessa eleição pela Conselho Eleitoral Superior", disse Tezcan em entrevista coletiva.
Tezcan disse que o CHP vai levar as queixas a autoridades eleitorais municipais e à Conselho Eleitoral Superior e, dependendo do resultado desses pedidos, vai apelar para a corte constitucional da Turquia, a Corte Europeia de Direitos Humanos e qualquer outra autoridade relevante. / REUTERS
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