Príncipe Harry e Meghan assinam contrato com a Netflix

Seis meses após deixarem de ser membros da família real britânica, o duque e a duquesa de Sussex se tornam produtores de Hollywood

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Por Brooks Barnes
Atualização:

LOS ANGELES - O Príncipe Harry e sua mulher, Meghan Markle, revelaram suas novas carreiras em Hollywood nesta quarta-feira, 2, após se instalarem na Califórnia.

O duque e a duquesa de Sussex fundaram uma produtora que ainda não foi nomeada e assinaram um contrato de “vários anos” com a Netflix, que os pagará para fazer documentários, longas-metragens, programas roteirizados e programação infantil - dando ao casal uma plataforma global seis meses após sua dramática retirada da Casa de Windsor.

O Príncipe Harry e Meghan Markle. Foto: Justin Tallis / AFP

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Harry e Meghan podem aparecer na frente das câmeras na programação de documentários. Mas Meghan deixou claro várias vezes que não tem planos de voltar a atuar. Ela atuou pela última vez na série “Suits”, que terminou em 2019.

O conteúdo produzido pelo casal será exclusivo da Netflix. "Nosso foco será a criação de conteúdo que informa, mas também dá esperança", disse o casal em um comunicado. "Como novos pais, fazer uma programação familiar inspiradora também é importante para nós." Eles acrescentaram que o "alcance sem precedentes da Netflix nos ajudará a compartilhar conteúdo impactante". A Netflix tem 193 milhões de assinantes em todo o mundo.

Não está claro quanto Harry e Meghan receberão, dada a falta de experiência em produção. Uma porta-voz da Netflix não quis comentar.

O serviço de streaming, no entanto, é conhecido por dar suporte financeiro quando deseja fazer negócios com pessoas famosas, especialmente quando outras empresas de entretenimento também desejam seus serviços. 

Príncipe Harry e Meghan Markle Foto: Facundo Arrizabalaga / EFE

Nos últimos meses, Harry e Meghan conversaram com a Disney e a Apple. A revista americana de entretenimento Variety informou no início deste mês que se reuniu com a NBCUniversal.

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O casal mora em Los Angeles desde março, passando um tempo em uma mansão em Beverly Hills de propriedade de Tyler Perry. Eles logo entraram com um processo de invasão de privacidade contra fotógrafos de tablóides, dizendo que paparazzi tinham enviado drones em um esforço para capturar imagens de seu filho, Archie, que completou um ano em maio. 

Harry, de 35 anos, e Meghan, de 39 anos, já compraram uma casa de US$ 14,7 milhões em Montecito, uma cidade localizada a cerca de uma hora ao norte de Malibu, que também abriga mansões de Oprah Winfrey e Ellen DeGeneres.

“Estamos extremamente orgulhosos por eles terem escolhido a Netflix como seu lar criativo e animados em contar histórias com eles que podem ajudar a construir resiliência e aumentar a compreensão para o público em todos os lugares”, disse Ted Sarandos, co-presidente executivo e diretor de conteúdo da Netflix, em uma nota.

Meghan Markle e príncipe Harry durante encontro com um grupo de surfistas, em outubro de 2018, para conscientizar sobre saúde mental na Austrália. Foto: Dominic Lipinski/Pool via AP

Concorrência

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A Netflix está sob pressão para manter seus canais de conteúdo fluindo enquanto compete por espectadores com Disney +, Amazon Prime Video, HBO Max, Hulu, Peacock e as redes de transmissão tradicionais. 

A programação familiar é particularmente importante para a Netflix, e Harry e Meghan já têm uma série animada em desenvolvimento que se concentra em inspirar mulheres. Na semana passada, a Netflix lançou “Rising Phoenix”, um documentário sobre os Jogos Paralímpicos; Harry, que fundou os Jogos Invictus para veteranos feridos, aparece no filme.

O conteúdo centrado em mensagens sociais - justiça racial, igualdade de gênero, bem-estar mental, administração ambiental - é popular em Hollywood há algum tempo, e a Netflix e a Participant Media, fundada pelo bilionário do eBay Jeff Skoll, têm estado no centro dessas produções.

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Meghan e Harry, o segundo filho do Príncipe Charles, anunciaram abruptamente em janeiro que planejavam se afastar de seus deveres reais, buscar independência financeira e passar parte do ano morando na América do Norte. Isso desencadeou a crise mais séria para a família real britânica desde a morte da mãe de Harry, a princesa Diana, em um acidente de carro em 1997. A mídia rotulou o tumulto de Megxit.

Meghan Markle e Harry com o filho Archie. Foto: Toby Melville/ Reuters

Fim dos títulos reais 

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Depois de negociações emocionalmente carregadas, a rainha Elizabeth II atendeu aos desejos do casal desde que eles não usassem mais seus títulos reais. O casal também concordou em abrir mão do financiamento público - lançando um jogo de adivinhação nos tabloides sobre como eles financiariam seu estilo de vida, incluindo o pagamento de seguranças.

Harry e Meghan obtêm alguma renda do Ducado da Cornualha, uma propriedade hereditária de propriedade do Príncipe Charles. Harry herdou vários milhões de dólares de sua falecida mãe. 

A produtora do casal funcionará independentemente de sua fundação de caridade, chamada Archewell. O casal encerrou seu esforço filantrópico anterior, SussexRoyal, em março, depois que concordaram em parar de usar o termo “real” para atividades comerciais ou de caridade. 

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