Prisão de australiano detido em Guantánamo será limitada

Preso no Afeganistão, David Hicks foi condenado a 7 anos detenção por colaborar com a rede terrorista Al-Qaeda; pena teve prazo reduzido após acordo por confissão

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Por Agencia Estado
Atualização:

Uma Corte judicial militar americana condenou nesta sexta-feira, 30, o cidadão australiano David Hicks a sete anos de prissão por providenciar material para apoiar o terrorismo. A sentença foi expedida depois que o homem, detido em Guantánamo, assumiu todas as acusações na última segunda-feira. Hicks, que já está preso há cinco anos em Cuba, assinou um documento que limita sua sentença a sete anos por apoiar a Al-Qaeda, segundo a declaração do juiz militar Ralph Kohlmann nesta sexta-feira. A limitação da sentença é parte do acordo pelo qual ele se declarou culpado. Hicks é o primeiro "combatente inimigo" julgado na base americana de Guantánamo. Hicks, de 31 anos, foi capturado pelas tropas americanas que invadiram o Afeganistão e está em Guantánamo desde 2002. O juiz Kohlmann, da Marinha, anunciou alguns termos do acordo durante uma audiência na qual aceitou a declaração de culpa de Hicks. Segundo um acordo entre os governos da Austrália e dos Estados Unidos, Hicks cumprirá sua sentença em uma prisão australiana. Mas não ficou claro se o período de reclusão que já passou em Guantánamo será descontado.

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