10 de maio de 2011 | 14h48
CAIRO - A procuradoria do Estado egípcia decidiu nesta terça-feira, 10, renovar por mais 15 dias a detenção do ex-presidente Hosni Mubarak.
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Por meio de um comunicado, o procurador Abdel Maguid Mahmud anunciou a decisão de manter Mubarak detido. O ex-presidente renunciou em 11 de fevereiro, depois de 18 dias de protestos populares que pediam sua saída do governo.
Mubarak é investigado pela morte de manifestantes durante a repressão aos protestos e também por corrupção. As manifestações tiveram início em 25 de janeiro passado, data que ficou marcada como sinônimo da oposição popular a Mubarak.
No comunicado da Procuradoria, Mahmud "ordenou a prisão preventiva do ex-presidente Hosni Mubarak por 15 dias, que começarão quando terminar sua atual detenção" em 12 de maio, afirma o comunicado.
Condenação
Na última semana o ministro da Justiça egípcio Mohamed Abdelaziz al-Juindy disse que Mubarak poderá ser condenado à morte se for condenado por ordenar o assassinato de opositores.
"Uma das acusações que ele (Mubarak) enfrenta é a de cumplicidade na matança dos mártires e por dar a ordem para que tais pessoas fossem assassinadas", disse al-Juindy. Segundo ele, a punição para esses crimes "é dura". "É a pena de morte", completou.
Livros escolares
De acordo com a AP, uma comissão formada pelo Ministério egípcio da Educação para revisar livros escolares de história "recomendou" a omissão de textos sobre o regime de Mubarak.
A agência informa que a comissão ministerial aconselhou que "os capítulos bajulando o regime do presidente Hosni Mubarak" sejam omitidos.
Com Agência Estado e AP
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