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Prisões preventivas de acusados de terrorismo são prorrogadas

As forças de segurança podem manter três dos suspeitos detidos até quarta-feira e os onze restantes podem ficar presos até a próxima sexta-feira.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia britânica obteve no domingo à noite permissão judicial para prorrogar o interrogatório de 14 homens detidos este fim de semana em várias operações antiterroristas realizadas em Londres. As forças de segurança podem manter três dos suspeitos detidos até quarta-feira e os onze restantes podem ficar presos até a próxima sexta-feira. Os acusados, que têm entre 17 e 48 anos e são, em sua maioria, muçulmanos britânicos de origem paquistanesa, foram detidos na sexta-feira e na madrugada de sábado após vários meses de vigilância da brigada antiterrorista da Scotland Yard e do serviço de espionagem interna MI5. As detenções foram realizadas sob a lei antiterrorista britânica de 2000 e a Polícia suspeita que os quatorze detidos podiam cometer, preparar ou instigar atos terroristas. Durante a operação, os agentes fizeram buscas em casas e lojas de Londres, entre eles um restaurante chinês onde ocorreu a maioria das detenções. A Scotland Yard também está fazendo buscas em uma escola islâmica no condado de East Sussex, no sul da Inglaterra. As forças de segurança ressaltaram que as operações não têm relação com o suposto complô para derrubar aviões entre o Reino Unido e os EUA desarticulado pela Polícia britânica em 10 de agosto. As operações também não estariam vinculadas aos atentados de 7 de julho de 2005 contra a rede de transporte de Londres, que mataram 56 pessoas e deixaram 700 feridos. Os 14 acusados de terrorismo estão detidos na delegacia de segurança máxima de Paddington Green, no centro de Londres, onde estão sendo interrogados. Segundo a nova legislação antiterrorista britânica, que entrou em vigor este ano, as forças de segurança têm um prazo de 28 dias para interrogar os suspeitos. No entanto, a Polícia precisa pedir permissões judiciais durante esse período para manter os acusados presos. Com o fim do prazo, as forças de segurança devem apresentar uma acusação formal ou libertar os detidos.

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