CARACAS - A Procuradoria-geral da Venezuela acusou formalmente nesta sexta-feira, 4, o líder opositor Leopoldo López pelos crimes de instigação pública, danos à propriedade, incêndio e formação de quadrilha, anunciou a procuradora-geral Luísa Ortega. "O cidadão Leopoldo López Mendoza, economista, foi acusado pelos delitos de instigação pública, danos à propriedade e incêndio em grau de determinador (autor intelectual), além de formação de quadrilha."
López, líder do partido opositor Vontade Popular (VP), se entregou espontaneamente às autoridades no dia 18 de fevereiro, após o presidente Nicolás Maduro responsabilizá-lo pelos violentos confrontos registrados ao término de uma manifestação pacífica no dia 12 do mesmo mês. Na ocasião, três morreram no protesto.
O opositor está detido na prisão militar de Ramo Verde, perto de Caracas. "Agora, corresponde ao tribunal marcar a data em que se vai realizar a audiência. Teremos que esperar a definição do tribunal", disse a procuradora-geral.
O partido VP tinha convocado para esta sexta, um dia antes do término do prazo de 45 dias para que a Promotoria formalizasse as acusações contra López, uma manifestação até o Palácio de Justiça para exigir a libertação dele.
O político de Caracas, de 43 anos, chamou os venezuelanos para se manifestar nas ruas de maneira pacífica até conseguir a saída de Maduro, qualificado de "ditador", para dar início a uma transição democrática no país./ EFE