
29 de março de 2018 | 04h41
LIMA – O Ministério Público do Peru anunciou na quarta-feira 28 que iniciará uma investigação preliminar sobre três legisladores, incluindo Kenji Fujimori, e o ex-ministro Bruno Giuffra, envolvidos em uma suposta tentativa de negociação de votos para evitar a destituição do ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski.
+ Procuradoria peruana faz operação em propriedades do ex-presidente PPK
+ Radiante com renúncia de presidente do Peru, Maduro provoca peruano
A investigação incluirá os congressistas dissidentes do partido fujimorista Força Popular Kenji Fujimori, Bienvenido Ramírez e Guillermo Bocángel, assim como Giuffra, pelo suposto crime de suborno impróprio e outros, escreveu a procuradoria peruana no Twitter.
+ Vice assume a presidência no Peru e promete diálogo e reformas
+ Congresso do Peru aceita renúncia de Kuczynski
Também foi decidido que o legislador fujimorista Moisés Mamani, que gravou em áudio e vídeo as ofertas para que votasse contra um pedido de destituição de Kuczynski, seja notificado para que "preste seu depoimento na próxima semana". A procuradoria antecipou que solicitará a Mamani "toda a informação que possui para o devido esclarecimento dos fatos que são matéria de investigação".
No dia 20 de março, o partido Força Popular divulgou vídeos gravados por Mamani nos quais se vê Ramírez e Bocángel oferecendo a realização de obras públicas em troca de votos contra a cassação de Kuczynski.
Em outro momento da negociação, Kenji Fujimori, legislador que abandonou o partido liderado por sua irmã Keiko, aparece junto a outros nove congressistas para respaldar Kuczynski na primeira tentativa de destituição do ex-governante, por seus vínculos com a Odebrecht.
A grave crise política provocada pela divulgação dos vídeos e áudios culminou na renúncia de Kuczynski, que foi substituído na sexta-feira pelo até então primeiro vice-presidente, Martín Vizcarra.
O ex-presidente Alberto Fujimori foi internado em um hospital de Lima após sofrer problemas digestivos que lhe causaram um quadro de desidratação severa.
Em entrevista à rede de televisão Canal N, o médico particular de Fujimori, Alejandro Aguinaga, disse que os primeiros sintomas foram sentidos na noite de quarta-feira. “Ele teve de ser internado na unidade de cuidados intermediários do hospital Centenário”.
Segundo o especialista, o ex-presidente está recebendo reidratação intravenosa. “Esperemos que nas próximas horas possamos controlar esta situação”, declarou. / EFE
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.