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Prodi afirma que retirar tropas seria trair o Afeganistão

Primeiro-ministro italiano afirmou que os 2.800 soldados vão continuar no país

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, afirmou que retirar as tropas italianas do Afeganistão seria trair as esperanças de milhões de afegãos, em uma entrevista ao jornal egípcio Al-Ahram. "Sair do país seria trair as esperanças de milhões de afegãos. Não entregaremos o Afeganistão à tirania dos Taleban, dos senhores da guerra e do narcotráfico", afirmou Prodi, que inicia nesta segunda-feira uma visita de dois dias ao Egito. Assim, Prodi respondeu aos pedidos feitos por membros da coalizão governamental de retirada das tropas italianas presentes no Afeganistão, atualmente em 2.800 soldados. No entanto, o primeiro-ministro assegurou que é preciso revisar a missão "e aumentar o componente civil em relação ao militar". Para isso, Prodi propôs uma conferência internacional sobre o Afeganistão. Em relação à atual situação no país, Prodi se mostrou preocupado com a intensificação da violência e afirmou que "os países próximos podem desempenhar um papel importante para reduzir a crise e relançar iniciativas políticas e econômicas". Prodi explicou que, entre as questões que abordará com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, vai estar o importante papel deste país para a paz e a estabilidade no Oriente Médio. O primeiro-ministro comentou que a Itália está empenhada em relançar o papel das Nações Unidas e da União Européia no Oriente Médio e destacou a necessidade de "promover o diálogo entre os líderes da região, que geralmente não falam entre eles". Sobre a visita ao Egito, que faz parte de uma viagem pelo norte da África, Prodi explicou que seu principal objetivo é "relançar a política mediterrânea de seu Governo e reforçar o Processo de Barcelona". Prodi disse também que "é preciso introduzir maiores e mais concretos conteúdos no Processo de Barcelona para favorecer o desenvolvimento econômico dos países do Mediterrâneo, como condição imprescindível para a convivência pacífica".

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