Produtos caseiros podem ser usados na fabricação de bombas

Substâncias combinadas entre si podem produzir explosões consideráveis

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Por Agencia Estado
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As autoridades britânicas proibiram nesta quinta-feira que passageiros de aviões levem em suas bagagens de mão líquidos como bebidas e loções. A medida foi adotada após a polícia ter descoberto um plano terrorista para explodir aeronaves em pleno vôo. Tal proibição tem fundamento, pois vários produtos químicos presentes nos lares da maioria das pessoas podem servir como matéria-prima para a criação de uma bomba com um considerável poder destrutivo. Itens como removedor de esmalte e desinfetantes contêm substâncias que, se combinadas com outras, podem produzir uma explosão. Algumas bombas caseiras, por exemplo, só podem ser ativadas se receberem uma outra substância, como o ácido clorídrico, que pode ser facilmente transportado em pequenas garrafas de vidro. "O maior perigo são as misturas de reagentes à base de cloro e líquidos inflamáveis, pois a mistura entre eles provoca uma reação exotérmica (que libera calor) e, conseqüentemente, explode", informou a química da Universidade Mackenzie, Ana Vera Ferreira. Segundo ela, "esses reagentes são inúmeros e muito fáceis de se encontrar. Aí é que mora o perigo". Exemplos de ataques Os terroristas que explodiram os trens do metrô de Londres em julho de 2005, por exemplo, utilizaram bombas de fabricação caseira escondidas em mochilas para espalhar o terror na capital inglesa. Em 1994, fundamentalistas islâmicos misturaram substâncias químicas em estado líquido para explodir um avião filipino na fronteira com o Japão, matando um passageiro japonês e ferindo outros dez. Colaborou Paulo Toledo Piza

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