O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, denunciou como inaceitáveis as ameaças de morte feitas ao professor de Filosofia Robert Redeker, que publicou um artigo criticando o Islã e a violência. "Estamos numa democracia. Cada um deve poder se expressar livremente. O respeito aos demais é o único limite para liberdade", afirmou Villepin, em entrevista à emissora RMC. As ameaças ao professor Robert Redeker mostram que "vivemos em um mundo perigoso no qual a intolerância é freqüente", disse o chefe do governo conservador. "Temos de estar atentos para que o respeito à opinião alheia seja total em nossa sociedade", ressaltou. Redeker, que teve de deixar sua casa e o instituto do sudoeste francês onde lecionava, está sob proteção policial. Ele sofreu ameaças depois de publicar um artigo com críticas ao Islã no jornal "Le Figaro", dia 19. Devido ao artigo, que comentava as polêmicas declarações do papa Bento XVI sobre o mesmo tema, a edição do jornal foi proibida na Tunísia por "seu conteúdo prejudicial e ofensivo ao profeta Maomé, ao Islã e aos muçulmanos". Alguns dias depois, o governo egípcio adotou a mesma medida. Em declarações à emissora Europe 1, Redeker disse que se sente só e abandonado. O professor se queixou que o Ministério da Educação não perguntou se ele precisa de ajuda.