Professor que nega o Holocausto é condenado a três meses com recurso

"Nunca houve câmaras de gás de execução alemã, nem uma.[...]Sendo assim, o que os milhões de turistas que visitam Auschwitz vêem, é uma mentira", afirmou

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Por Agencia Estado
Atualização:

O professor de literatura Robert Faurisson, de 77 anos, foi considerado culpado, nesta terça-feira, das acusações de "cumplicidade de contestação da existência de crime contra a humanidade", por negar a existência do Holocausto. Ele foi condenado a três meses de prisão, com possibilidade de recurso, ou deve pagar uma multa de 7.500 euros. A informação é do jornal Le Monde. "Nunca houve câmaras de gás de execução alemã, nem uma.[...]Sendo assim, o que os milhões de turistas que visitam Auschwitz vêem, é uma mentira, uma falsificação, uma enganação para turistas", afirmou Robert Faurisson no canal iraniano Sahar 1, em fevereiro de 2005. No dia 11 de julho, o ministério público requisitou uma pena de prisão sem recursos. Faurisson, que se lançou em um conflito revisionista ao manter suas declarações à televisão iraniana, foi condenado a um ano de prisão e a 45 mil euros de multa. Seu advogado entrou com recurso alegando o fundamento da liberdade de expressão. A Liga internacional contra o racismo e o anti-semitismo (Licra), o Movimento contra o racismo e pela amizade entre os povos (MRAP), e a Liga dos direitos do homem entraram com o pedido civil. Faurisson deve lhes pagar um euro por danos e interesses. Robert Faurisson, o negacionista mais conhecido do mundo universitário francês, já foi condenado anteriormente a cinco repreensões e multas entre 1992 e 1998 por contestar crimes contra a humanidade.

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