Programa nuclear de Pyongyang é uma ameaça para todos, diz secretário de Defesa dos EUA

Em evento em Cingapura, Jim Mattis também não poupou críticas aos chineses por terem "militarizado" ilhas disputadas na região do Mar do Sul da China

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CINGAPURA - O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, afirmou neste sábado, 3, que o desenvolvimento do programa de armamento da Coreia do Norte representa "uma ameaça para todos e um claro perigo".

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Em declarações em conferência sobre segurança internacional em Cingapura, Mattis disse que a administração Trump se sente encorajada pelo compromisso reforçado da China em trabalhar com os norte-maericanos para impedir o desenvolvimento de armas nucleares por Pyongyang

A China bloqueou as novas e mais severas sanções contra Pyongyang que os Estados Unido propuseram ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Ainda assim, o Conselho votou unanimemente para acrescentar 15 pessoas e quatro entidades ligadas ao programa nuclear e balístico norte-coreano à "lista negra" de sanções da ONU.

Secretário de Defesa dos Estados Unidos Jim Mattis afirmou que os EUA estão dispostos a impedir o progresso do programa nuclear de Pyongyang Foto: Roslan Rahman/AFP

"O desenvolvimento contínuo de armas nucleares e meios para as lançar não é novo, mas o regime de Pyongyang acelerou o ritmo e ampliou seus esforços", disse, em referência aos vários testes de dispositivos nucleares e mísseis que o regime de Kim Jong-un promoveu.

"Apesar de o regime da Coreia do Norte ter um longo histórico de homicídio de diplomatas, sequestros, mortes de marinheiros e atividade criminosa, o seu programa de armas nucleares é uma ameaça para todos. Em termos de segurança nacional, os Estados Unidos consideram que a ameaça da Coreia do Norte é um perigo claro e presente", afirmou Mattis.

No seu discurso, Mattis elogiou a China e criticou o "desrespeito" de Pequim pela lei internacional devido à sua "indiscutível militarização" de ilhas artificiais em zonas disputadas no Mar do Sul da China. "Não podemos nem vamos aceitar mudanças unilaterais e coercivas ao 'status quo'", afirmou. / AFP

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