Washington(EUA) - A Casa Branca ampliou, nesta terça-feira, 21, as sanções contra o Irã ao incluir, e sua "lista negra", dez companhias de transporte de carga e um alto executivo. É mais uma ação do governo dos Estados Unidos na campanha para isolar Teerã em razão do programa nuclear iraniano.
A medida foi anunciada pelo Departamento do Tesouro, que explicou que tanto as empresas como o executivo têm vínculos com a estatal Islamic Republic of Iran Shipping Lines, sobre a qual já pesam sanções internacionais. As medidas proíbem que entidades e pessoas dos EUA façam transações com as empresas ou indivíduos incluídos nas listas, e congelam todos seus ativos em jurisdição americana. O governo de Barack Obama aumentou em novembro a pressão contra o Irã ao declarar o país "jurisdição de preocupação prioritária por lavagem de dinheiro", e impôs novas penalizações contra os setores nuclear e petroquímico.
As sanções e penas contra o Irã se multiplicaram nas últimas semanas por causa de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), publicado em 8 de novembro, devido às crescentes suspeitas de que seu programa nuclear tem uma vertente militar, destinada a fabricar bombas atômicas. O Irã assinala que o relatório foi feito com dados falsos, ditado por EUA e Israel, seus grandes inimigos, e negou taxativamente que tenha intenção de fabricar bombas atômicas, mas também deixou claro que não abandonará seu programa nuclear com fins civis pacíficos.
O secretário de Defesa americano, Leon Panetta, havia dito, na segunda-feira, 20, em uma entrevista à emissora "CBS" que os EUA farão tudo que for necessário, incluindo a opção militar, para evitar que o Irã desenvolva uma arma nuclear.