O promotor especial Robert Mueller recomendou que Michael Flynn,ex-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca não seja condenado à prisão. De acordo com Mueller, o ex-funcionário do governo deu uma “colaboração substancial” para as investigações sobre a possível ligação entre a Rússia e a campanha presidencial de Donald Trump nas eleições de 2016.
Flynn foi o primeiro ex-integrante do alto escalão da Casa Branca a negociar um acordo de cooperação na apuração do caso. Em dezembro do ano passado, ele se declarou culpado por mentir ao FBI sobre conversas com o embaixador russo Sergey Kislyak. Na oportunidade, eles teriam falado sobre as sanções impostas pelo ex-presidente Barack Obama contra Moscou por sua suposta interferência das eleições.
Em um documento oficial, Mueller revelou que Flynn concedeu 19 depoimentos aos promotores e que a colaboração ajudou em múltiplas linhas de investigação. Sem revelar detalhes, o promotor especial afirmou que o ex-conselheiro deu informações “sobre os vínculos a coordenação entre o governo russo e as pessoas associadas com a campanha (presidencial) de (Donald) Trump”.
Acordos de cooperação para investigações
Robert Mueller investiga, desde maio do ano passado, a suposta interferência do Kremlin nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 e possíveis conexões entre a campanha de Trump e funcionários do governo russo.
Michael Flynn é um dos cinco ex-assessores de Trump que firmaram pactos para cooperação com Mueller. O ex-chefe da campanha de Trump, Robert Manafort, e o ex-advogado do presidente, Michael Cohen, também fecharam acordos com o promotor especial.
Flynn foi o assessor de Trump para assuntos de segurança nacional durante a campanha e foi uma das primeiras nomeações do atual presidente após sua vitória sobre a democrata Hillary Clinton. O motivo alegado para sua demissão do governo foi ter mentido para membros do alto escalão da Casa Branca, entre eles o vice-presidente Donald Trump, sobre o conteúdo de suas conversas com o embaixador Kislyak. \ EFE