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Promotor inocenta Bill e Hillary no caso Whitewater

Por Agencia Estado
Atualização:

O promotor especial Robert Ray concluiu, em seu relatório final sobre o caso Whitewater, que o empreendimento imobiliário do ex-presidente dos EUA Bill Clinton beneficiou-se de transações criminais, mas que as provas são insuficientes para provar que Clinton ou sua esposa sejam culpados de realizar atos ilegais. O relatório, lançado nesta quarta-feira, também afirma que os promotores não poderiam descartar a possibilidade de que Hillary Rodham Clinton tenha tido um papel no desaparecimento e na misteriosa descoberta dos dados contábeis do seu escritório de advocacia. O relatório, de cinco volumes, resumiu uma investigação de seis anos, realizada por três diferentes promotores sobre as finanças do casal Clinton e detalhou as transações de negócios que eles efetuaram com os sócios Jim e Susan McDougal. Os McDougals foram condenados por crimes e detidos no âmbito da investigação Whitewater, por ligações com uma casa bancária de poupança e empréstimos que estava em processo de falência e era operada por eles. O relatório afirma que Jim McDougal usou fundos da casa bancária que estava falindo de forma incorreta a fim de beneficiar o empreendimento Whitewater, em Arkansas. O empreendimento havia sido lançado por ele com Bill Clinton, então governador daquele Estado, e a senhora Clinton, então apenas uma advogada. "Existem provas insuficientes para estabelecer sem nenhuma dúvida que tanto o governador Clinton como sua esposa participaram conscientemente das transações financeiras criminosas usadas por McDougal para beneficiar Whitewater", disse o relatório. A investigação sobre os Clintons, que custou US$ 70 milhões e começou em 1994, provocou reações iradas em Washington e nos Estados Unidos, na medida em que os democratas, que defendiam o casal Clinton, entraram em confronto com os republicanos, sobre os méritos das alegações de Whitewater.

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