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Promotor pede indiciamento de suspeitos pela morte de ex-premiê libanês

Nomes dos acusados não foram revelados, mas acredita-se que incluam membros do grupo xiita Hezbollah.

Por BBC Brasil
Atualização:

Secretário-geral do Hezbollah exigiu que Líbano deixe de cooperar com tribunal da ONU Um promotor que investigou o assassinato do ex-premiê libanês Rafik Hariri pediu a tribunal da ONU o indiciamento de suspeitos pela morte, ocorrida em 2005. Em um comunicado emitido nesta segunda-feira, o tribunal especial das Nações Unidas não revelou os nomes dos acusados, mas acredita-se que entre eles figurem membros do grupo xiita Hezbollah. Um juiz da corte agora decidirá se aceita os pedidos de indiciamento e se emite mandados contra os citados pelo promotor. Na semana passada, o Hezbollah e seus aliados deixaram a coalizão de governo libanesa em meio a uma disputa sobre o Tribunal Especial sobre o Líbano. O Hezbollah, que nega qualquer participação na morte de Hariri, diz que o tribunal é parte de um complô dos Estados Unidos e de Israel para atingir o grupo. A organização exige que o Líbano deixe de cooperar com o tribunal e pare de financiá-lo. Discussões adiadas "O promotor (Daniel Bellemare) do tribunal entregou um indiciamento e materiais de apoio para o juiz do pré-julgamento (Daniel Fransen)", a corte anunciou no comunicado, divulgado pela internet. Funcionários da ONU disseram que as identidades dos suspeitos não serão divulgadas até que o juiz Fransen endosse os indiciamentos e emita os mandados, um processo que deve levar entre dois meses e três meses. A crise política no país fez com que discussões sobre a nomeação de um novo primeiro-ministro libanês fossem adiadas para a próxima semana. Rafik Hariri e outras 22 pessoas morreram quando uma explosão atingiu o comboio do ex-premiê, no centro de Beirute. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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