Proposta das Farc é criticada por setores militares e políticos

Exigência para reforma das Forças Armadas colombianas foi feita em Havana, onde ocorrem as negociações de paz

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Por BOGOTÁ
Atualização:

A proposta de reforma nas Forças Armadas, polícia e serviços de inteligência da Colômbia apresentada pelos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foi rechaçada ontem por políticos e comandantes militares. Em Havana, onde ocorrem as negociações entre Bogotá e a guerrilha há mais de dois anos, as Farc exigiram a diminuição dos gastos do governo com Defesa, assim como a redução das Forças Armadas. Em comunicado lido pelo guerrilheiro Seuxis Paucias Hernández, conhecido pelo pseudônimo "Jesús Santrich", o grupo pediu uma "depuração" do setor militar e dos organismos de inteligência, assim como a abertura dos arquivos do Exército, da polícia e da inteligência. O senador Roy Barreras, presidente do partido Unidade Nacional, ao qual pertence o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou pelo Twitter que a proposta apresentada por Santrich é "desrespeitosa". A Associação Colombiana de Oficiais Aposentados também criticou o pedido. Já a parlamentar opositora Tatiana Cabello, do partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente e atual senador Álvaro Uribe, condenou o pronunciamento das Farc e "o silêncio" do governo. Desaparecimentos. As Farc negaram ontem participação nos 2.760 desaparecimentos de que o grupo guerrilheiro foi acusado pelo procurador-geral colombiano, Alejandro Ordoñez. A denúncia foi feita no Tribunal Penal Internacional. / EFE e AFP

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