17 de abril de 2012 | 03h03
O tema virou o centro da campanha eleitoral às vésperas do primeiro turno da votação presidencial de domingo e é uma das principais bandeiras do candidato socialista, François Hollande, apontado como favorito pelas últimas pesquisas.
A reviravolta na posição de Sarkozy foi dada durante comício na Praça da Concórdia, no centro de Paris, no domingo. Até aqui, o presidente enfatizava a austeridade para tirar a França e a zona do euro da linha de tiro na crise das dívidas soberanas.
Agora Sarkozy afirma que, se reeleito, pretende "lançar a discussão" sobre a reforma do papel do banco central, cuja função hoje é controlar a inflação, mais do que estimular a economia.
Desde o início da campanha, Hollande prega que o bloco precisa incrementar as políticas de crescimento para sair da turbulência. Entre suas propostas, está a revisão das atribuições do BCE. Ainda que com ressalvas, o jornal Financial Times elogiou a posição do socialista. "Não estaríamos nessa situação se o banco central tivesse intervindo no início da crise na Grécia para recomprar dívidas soberanas", acusou ontem Hollande, prometendo dar prioridade ao tema em caso de vitória.
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