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Proteção imigratória para os 'dreamers' continua, dizem EUA

Anúncio foi feito dois dias após o vencimento do prazo dado por Trump para a extinção do programa Daca; Justiça ordenou que benefício continuasse sendo renovado

Atualização:

WASHINGTON - A proteção contra a deportação dos cerca de 700 mil imigrantes que chegaram aos Estados Unidos quando crianças continuará, anunciou o Departamento de Segurança Nacional nesta quarta-feira (7), dois dias após a data fixada por Donald Trump para a extinção do programa Daca.

Tyler Houlton, porta-voz do departamento, assegurou que os cidadãos protegidos pelo programa podem renovar o programa por dois anos nos serviços americanos de imigração.

Pessoas protestam em frente à Trump Tower, em Nova York, em outubro, contra o fim do DACA, o programa para favorecer imigrantes que chegaram aos EUA quando crianças Foto: JEWEL SAMAD/AFP

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"Em cumprimento aos mandados judiciais, a USCIS aceita os pedidos de renovação do Daca à medida que são enviados", afirmou Houlton em comunicado. "Este processo está de acordo com as antigas políticas de renovação do Daca".

Em setembro, Trump ordenou acabar com o Daca em 5 de março, o que colocava sob ameaça o status de 690 mil pessoas registradas nos Estados Unidos sob o programa, também chamadas de "dreamers".

Mas um juiz federal decretou uma instrução a nível nacional na qual ordenava ao governo que continuasse oferecendo a proteção do Daca. Pelo fato de ser improvável que a apelação do Executivo não esteja resolvida passados alguns meses, o governo disse que os beneficiários do programa contra a deportação poderiam renová-lo, embora ninguém possa entrar para fazer parte do mesmo.

Trump, juntamente com uma maioria de democratas e republicanos do Congresso, se comprometeu repetidamente a aprovar uma legislação que oferecesse uma via para a cidadania para os beneficiários do Daca e, possivelmente, a outro milhão de pessoas que entraram ilegalmente no país quando eram crianças e cresceram nos Estados Unidos.

O presidente ofereceu um plano de cidadania eventual para 1,8 milhão desses "dreamers".

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Mas várias propostas de lei sobre este problema não foram aprovadas no Congresso, com os democratas rejeitando as ideias de Trump de vincular o Daca com uma redução da imigração ilegal e com o financiamento para construir um muro na fronteira com o México.

O presidente assegurou nesta quarta-feira que ainda tem esperanças de aprovar uma legislação que substitua o Daca, durante um discurso à Coalizão Latina, um grupo de empresários conservadores.  / AFP

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