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Protesto contra EUA marca 6 anos de guerra no Iraque

Por AE-AP
Atualização:

Seguidores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr marcaram o sexto aniversário da guerra do Iraque queimando bandeiras dos Estados Unidos e gritando "não, não à ocupação" na capital Bagdá. Em outras cinco cidades, os apoiadores do clérigo fizeram protestos depois das orações para exigir a libertação de aliados detidos em prisões iraquianas ou norte-americanas. Em Faluja, um suicida matou um oficial da polícia iraquiana e outras cinco pessoas, dentre elas civis, numa tentativa de ataque ao líder local de voluntários sunitas. Em Bagdá, o auxiliar de Muqtada al-Sadr, xeque Haidar al-Jabiri, convocou os seguidores a participar de uma manifestação no mês que vem em protesto contra os seis anos de ocupação americana da cidade. "Hoje temos uma lembrança da ocupação cruel do Iraque e, no dia 9 de abril, haverá um canto pela libertação", disse o xeque Haidar al-Jabiri aos participantes dos sermões matinais desta sexta-feira no bairro xiita de Cidade Sadr. Bagdá rendeu-se às forças dos Estados Unidos no dia 9 de abril de 2003. A guerra começou com um míssil e um ataque a bomba no sul de Bagdá na madrugada de 20 de março de 2003, dia 19 em Washington. Em Cidade Sadr, os presentes ergueram um banner no qual se lia: "Para o governo iraquiano, quando vocês serão confiáveis e libertarão nossos irmãos detidos?". "Não, não à ocupação. Sim, sim à liberação. Sim, sim pelo Iraque", gritavam os manifestantes. Duas bandeiras norte-americanas foram queimadas. Milhares de seguidores de Muqtada al-Sadr em outras cinco cidades, Basra, Kut, Diwaniyah, Amarah e Nassíria, também foram às ruas nesta sexta-feira. Em Kut, cerca de mil pessoas fizeram uma passeata da grande mesquita, no centro da cidade, até os escritórios ligados a Sadr, protestando contra a ocupação norte-americana e pedindo que os detidos sejam libertados. MortesUm oficial de polícia e um pequeno grupo de civis morreram quando tentavam impedir um terrorista suicida de chegar à casa de Saadoun al-Eifan, que coordena o braço local dos voluntários sunitas, os Filhos do Iraque. O major Hamed al-Jumaili disse que o atacante tentou chegar aos postos de guarda que monitoram a ponte na vila rural de Albu Eifan, onde Eifan mora, cerca de 10 quilômetros ao sul de Faluja. Ele detonou seu cinturão de explosivos depois de entrar em confronto com oficiais da polícia e moradores locais, disse Jumaili.

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