23 de janeiro de 2013 | 19h26
Um veredicto para esse caso é aguardado para o fim de semana, quando o segundo aniversário do início da revolução egípcia de 2011 deve mobilizar milhares de pessoas para protestos contra o atual governo de orientação islâmica.
Os torcedores do clube Al Ahly, que tiveram papel destacado na rebelião que derrubou o regime de Hosni Mubarak, realizaram um protesto silencioso em frente à Bolsa do Cairo, paralisaram os serviços numa estação central de metrô e interditaram uma movimentada ponte sobre o rio Nilo.
As operações da bolsa não foram afetadas pela manifestação.
Pichações deixadas nos arredores alertavam para a reação caso o veredicto judicial do próximo sábado contra 61 réus fique aquém do que esperam os torcedores. "26 de janeiro: o custo do sangue é o sangue", dizia uma. "26 de janeiro: justiça ou caos", eram os dizeres em um adesivo numa parede.
O desastre de fevereiro passado em Port Said aconteceu durante um jogo do Al Ahly contra o Al Masry, time local. Muitos dos mortos foram pisoteados na confusão que se seguiu a uma invasão de campo por torcedores do Al Masry. Torcedores acusaram policiais de estimular o tumulto, como vingança pela participação da torcida do Al Ahly na revolução contra Mubarak.
(Reportagem de Shaimaa Fayed)
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